Drug Description
Cada frasco para injectáveis de Tygacil contém 50 mg de tigeciclina. Após reconstituição, 1 mlcontém 10 mg de tigeciclina
Presentation
Pó para solução para perfusão.Pó ou aglomerado liofilizado alaranjado
Indications
O Tygacil está indicado no tratamento das seguintes infecções:
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Infecções complicadas da pele e tecidos moles
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Infecções complicadas intra-abdominais
Devem ser tidas em consideração as recomendações oficiais referentes ao uso adequado de agentes antibacterianos.
Adult Dosage
Posologia
A dose recomendada em adultos é uma dose inicial de 100 mg, seguida de 50 mg de 12 em 12 horas durante 5 a 14 dias.
A duração da terapêutica deve ser determinada em função da gravidade, do local de infecção e da resposta clínica do doente.
Insuficiência hepática
Em doentes com compromisso hepático ligeiro a moderado (Child Pugh A e Child Pugh B) não é necessário ajuste posológico.
Em doentes com compromisso hepático grave (Child Pugh C), a dose de Tygacil deve ser diminuída para 25 mg de 12 em 12 horas após a dose inicial de 100 mg. Os doentes com compromisso hepático grave (Child Pugh C) devem ser tratados com precaução e a resposta ao tratamento deve ser monitorizada.
Insuficiência renal
Não é necessário ajuste posológico em doentes com compromisso renal ou em doentes submetidos a hemodiálise.
Doentes Idosos
Não é necessário ajuste posológico em doentes idosos.
Doentes pediátricos
A utilização de Tygacil não é recomendada em crianças e adolescentes com menos de 18 anos devido à inexistência de dados de segurança e de eficácia.
Modo de administração
Tygacil é administrado apenas por perfusão intravenosa durante 30 a 60 minutos.
Contra Indications
Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes. Os doentes com hipersensibilidade aos antibióticos da classe das tetraciclinas podem ter hipersensibilidade à tigeciclina.
Special Precautions
Têm sido notificados casos de reacções anafilácticas/anafilactóides, potencialmente fatais, com a tigeciclina.
Têm sido notificados casos de dano hepático, com um padrão predominantemente colestático, em doentes em tratamento com tigeciclina, incluindo alguns casos de insuficiência hepática com um resultado fatal. Apesar da insuficiência hepática poder ocorrer em doentes tratados com tigeciclina devido a condições subjacentes ou medicação concomitante, deve ser considerada uma possível contribuição da tigeciclina.
Os antibióticos da classe das glicilciclinas são estruturalmente semelhantes aos antibióticos da classe das tetraciclinas. A tigeciclina pode causar reacções adversas semelhantes às dos antibióticos da classe das tetraciclinas. Tais reacções podem incluir fotossensibilidade, pseudotumor cerebral, pancreatite e acção anti-anabólica que levou ao aumento do azoto ureico do sangue (AUS), azotemia, acidose e hiperfosfatemia.
Ocorreu pancreatite aguda, a qual pode ser grave (frequência: pouco frequente) associada ao tratamento com tigeciclina. O diagnóstico de pancreatite aguda deverá ser considerado em doentes tratados com tigeciclina que desenvolvem sintomas clínicos, sinais, ou alterações laboratoriais sugestivas de pancreatite aguda. A maioria dos casos notificados surgiram após, pelo menos, uma semana de tratamento. Foram notificados casos em doentes sem factores de risco conhecidos para pancreatite. Os doentes geralmente melhoram após descontinuação da tigeciclina.
Deverá ser tida em consideração a interrupção do tratamento com tigeciclina em casos em que se suspeita de desenvolvimento de pancreatite.
A experiência da utilização da tigeciclina no tratamento de infecções em doentes com patologias graves subjacentes é limitada.
Em ensaios clínicos no tratamento de infecções complicadas da pele e tecidos moles, o tipo de infecção mais frequente nos doentes tratados com tigeciclina foi celulite (59 %) seguido de abcessos major (27,5 %). Doentes com patologia subjacente grave, tal como os imunocomprometidos, doentes com infecções ulcerosas de decúbito ou doentes que apresentavam infecções requerendo uma duração de tratamento superior a 14 dias (por exemplo, fasceíte necrosante), não foram incluídos. Foi incluído um número reduzido de doentes com infecções de pé diabético (5%). Foi incluído um número limitado de doentes com factores de co-morbilidade, tais como diabetes (20 %), doença vascular periférica (7 %), consumo de drogas por via intravenosa (2 %) e infecção VIH positiva (1 %). A experiência no tratamento de doentes com bacteriemia concomitante é também limitada (3 %). Assim, aconselha-se precaução no tratamento destes doentes.
Em ensaios clínicos no tratamento de infecções complicadas intra-abdominais, o tipo de infecção mais frequente nos doentes tratados com tigeciclina foi apendicite complicada (51 %), seguida de outros diagnósticos notificados com menor frequência, tais como colecistite complicada (14 %), abcesso intra-abdominal (10 %), perfuração intestinal (10 %) e perfuração ulcerosa gástrica ou duodenal em menos de 24 horas (5 %). Destes doentes, 76 % apresentavam peritonite difusa associada (peritonite cirurgicamente aparente). Houve um número limitado de doentes com doença grave subjacente, tal como doentes imunocomprometidos, doentes com resultados na escala APACHE II > 15 (4 %) ou com abcessos intra-abdominais múltiplos cirurgicamente aparentes (10 %). A experiência relativa ao tratamento de doentes com bacteriemia concomitante é também limitada (6 %). Assim, aconselha-se precaução no tratamento destes doentes.
Deve ser tida em consideração a utilização de terapêutica antibacteriana combinada quando a tigeciclina é administrada a indivíduos gravemente doentes com infecções complicadas intra-abdominais (cIAI) secundárias a perfuração intestinal clinicamente aparente ou doentes com sépsis incipiente ou choque séptico.
O efeito da colestase na farmacocinética da tigeciclina não foi adequadamente estabelecido. A excreção biliar constitui aproximadamente 50 % da excreção total da tigeciclina. Assim, doentes que apresentem colestase devem ser devidamente monitorizados.
Se a tigeciclina for administrada com anticoagulantes deve ser utilizado o tempo de protrombina ou outro teste apropriado para monitorização dos doentes.
A colite pseudomembranosa tem sido notificada com quase todos os agentes antibacterianos, podendo ser de gravidade moderada ou colocar a vida em risco. Assim, é importante considerar este diagnóstico em doentes que apresentem diarreia durante ou subsequentemente à administração de qualquer agente antibacteriano.
A utilização de tigeciclina pode originar proliferação de organismos não susceptíveis, incluindo fungos. Os doentes devem ser cautelosamente monitorizados durante a terapêutica. Se ocorrer uma superinfecção devem ser tomadas as medidas apropriadas.
Resultados de estudos com tigeciclina em ratos demostraram descoloração óssea. A tigeciclina pode ser associada a descoloração permanente dos dentes em humanos, se utilizada durante o desenvolvimento dos dentes.
O Tygacil não deve ser utilizado em crianças com menos de 8 anos de idade devido à descoloração dentária e não se recomenda em adolescentes com menos de 18 anos devido à inexistência de dados de segurança e de eficácia.
Adverse Reactions
O número total de doentes tratados com tigeciclina em ensaios clínicos de Fase 3 foi de 1415. Foram notificadas reacções adversas em aproximadamente 41 % dos doentes tratados com tigeciclina. O tratamento foi descontinuado em 5 % dos doentes devido a reacções adversas.
Em ensaios clínicos, as reacções adversas mais frequentes emergentes do tratamento com o medicamento foram náusea reversível (20 %) e vómitos (14 %), que de uma maneira geral ocorreram precocemente (dias 1 ou 2 do tratamento) e geralmente foram de gravidade ligeira ou moderada.
As seguintes reacções adversas foram notificadas com Tygacil, incluindo ensaios clínicos e experiência pós-comercialização:
As categorias de frequência são expressas como: Muito frequentes (≥1/10); Frequentes (≥1/100 a <1/10); Pouco frequentes (≥1/1.000 a <1/100); Raras (≥1/10.000 a <1/1.000); Muito raras (<1/10.000)
Para reacções adversas identificadas a partir da experiência pós-comercialização com Tygacil provenientes de notificações espontâneas, e para as quais a frequência não pôde ser estimada, o grupo de frequência foi categorizado como desconhecido.
Infecções e infestações:
Frequentes: Abcesso, infecções
Pouco frequentes: Sépsis/choque séptico
Em ensaios clínicos de Fase 3, acontecimentos adversos relacionados com infecção foram mais frequentemente notificados em indivíduos tratados com tigeciclina (6,7 %) vs os comparadores (4,6 %). Foram observadas diferenças significativas na sépsis/choque séptico com tigeciclina (1,5 %) vs os comparadores (0.5 %).
Doenças do sangue e do sistema linfático:
Frequentes: Prolongamento do tempo de tromboplastina parcial activada (TTPa), prolongamento do tempo de protrombina (TP)
Pouco frequentes: Aumento da Razão Normalizada Internacional (INR)
Desconhecidas: trombocitopenia
Doenças do sistema imunitário:
Desconhecidas: reacções anafilácticas/anafilactóides
Doenças do metabolismo e da nutrição:
Pouco frequentes: Hipoproteinemia
Doenças do sistema nervoso:
Frequentes: Tonturas
Vasculopatias:
Frequentes: Flebite
Pouco frequentes: Tromboflebite
Doenças gastrointestinais:
Muito frequentes: Náusea, vómitos, diarreia
Frequentes: Dor abdominal, dispepsia, anorexia
Pouco frequentes: Pancreatite aguda
Afecções hepatobiliares:
Frequentes: Aumento da aspartato aminotransferase (AST) no soro e aumento da alaninaminotransferase (ALT) no soro, hiperbilirrubinemia
A AST e a ALT anormais em doentes tratados com Tygacil foram notificadas mais frequentemente no período pós-terapêutico que nos doentes tratados com o comparador, em que ocorreu mais frequentemente durante o período terapêutico.
Pouco frequentes: Icterícia, lesão hepática maioritariamente colestática
Desconhecido: Insuficiência Hepática
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneas:
Frequentes: Prurido, erupção cutânea
Perturbações gerais e alterações no local de administração:
Frequentes: Cefaleia
Pouco frequentes: Reacção no local de injecção, inflamação no local de injecção, dor no local de
injecção, edema no local de injecção, flebite no local de injecção
Exames complementares de diagnóstico:
Frequentes: Aumento da amilase no soro, aumento do azoto ureico do sangue (AUS)
Em ensaios de Fase 3 nas infecções complicadas da pele e tecidos moles (cSSSI) e nas infecções complicadas intra-abdominais (cIAI) faleceram 2,3 % (32/1383) dos doentes tratados com tigeciclina e 1,6 % (22/1375) dos doentes tratados com medicamentos comparadores.
Efeito de classe dos antibióticos:
Colite pseudomembranosa a qual pode variar numa escala de gravidade de ligeira a potencialmente fatal.
Crescimento exacerbado de organismos não-susceptíveis, incluindo fungos.
Efeito de classe das tetraciclinas:
Os antibióticos da classe das glicilciclinas são estruturalmente similares aos antibióticos da classe das tetraciclinas. As reacções adversas da classe das tetraciclinas podem incluir fotossensibilidade, pseudotumor cerebral, pancreatite, e acção anti-anabólica a qual desencadeia AUS aumentado, azotémia, acidose, e hiperfosfatémia.
A tigeciclina pode estar associada à descoloração permanente dos dentes, se usada durante o desenvolvimento da dentição.
Manufacturer
Wyeth Europa Ltd
Updated
14 October 2009