Drug Description
Cada frasco para injectáveis de 0,8 ml para dose única contém 40 mg de adalimumab.Adalimumab é um anticorpo monoclonal humano recombinante expresso em células de Ovário doHamster Chinês.
Presentation
Solução injectável límpida.
Indications
Artrite reumatóide
Humira em associação com metotrexato está indicado:
- no tratamento da artrite reumatóide activa moderada a grave em doentes adultos nos casos em que foi demonstrada uma resposta inadequada a medicamentos anti-reumatismais modificadores da doença, incluindo o metotrexato.
- no tratamento da artrite reumatóide grave, activa e progressiva em doentes adultos não previamente tratados com metotrexato.
Humira pode ser administrado em monoterapia em caso de intolerância ao metotrexato ou quando o tratamento continuado com metotrexato não é apropriado.
Humira demonstrou reduzir a taxa de progressão das lesões articulares, avaliada através de Raio-X e melhorar a capacidade física, quando administrado em associação com metotrexato.
Artrite idiopática juvenil poliarticular
Humira em associação com metotrexato está indicado no tratamento da artrite idiopática juvenil poliarticular activa, em adolescentes com idades entre 13 a 17 anos, que tiveram uma resposta inadequada a um ou mais medicamentos anti-reumatismais modificadores da doença (DMARDs).
Humira pode ser administrado em monoterapia em caso de intolerância ao metotrexato ou quando o tratamento continuado com metotrexato não é apropriada.
Artrite psoriática
Humira está indicado no tratamento da artrite psoriática activa e progressiva em doentes adultos quando a resposta a um tratamento prévio com medicamentos anti-reumatismais modificadores da doença foi inadequada. Humira demonstrou melhorar a função física e reduzir a taxa de progressão das lesões articulares periféricas, avaliada através de Raio-X em doentes com sub-tipos poliarticulares simétricos da doença.
Espondilite anquilosante
Humira está indicado no tratamento da espondilite anquilosante activa grave em doentes adultos que tiveram uma resposta inadequada à terapêutica convencional.
Doença de Crohn
Humira está indicado no tratamento da doença de Crohn activa grave em doentes que não responderam mesmo após um ciclo completo e adequado de tratamento com um corticosteróide e /ou imunossupressor; ou que são intolerantes ou têm contra-indicações médicas para essas terapêuticas.
Para tratamento de indução, Humira deve ser administrado em associação com corticosteróides. Humira pode ser administrado em monoterapia em caso de intolerância a corticosteróides ou quando o tratamento continuado com corticosteróides não é apropriado.
Psoríase
Humira está indicado no tratamento da psoríase crónica em placas, moderada a grave em doentes adultos que não apresentaram resposta ou que têm uma contra-indicação, ou que são intolerantes a outras terapêuticas sistémicas, incluindo ciclosporina, metotrexato ou PUVA.
Adult Dosage
O tratamento com Humira deve ser iniciado e supervisionado por médicos especialistas experientes no diagnóstico e tratamento da artrite reumatóide, artrite idiopática juvenil poliarticular, artrite psoriática, espondilite anquilosante, doença de Crohn ou psoríase. Os doentes tratados com Humira devem receber o cartão de segurança especial.
Após receberem um treino adequado sobre a técnica de injecção, os doentes podem auto-injectar Humira se o médico assistente achar apropriado e sob acompanhamento médico, conforme necessário. Durante o tratamento com Humira, a utilização de outras terapêuticas concomitantes, (como por exemplo corticosteróides e/ou agentes imunomoduladores) deverá ser optimizada.
Interrupção de dose
Dados disponíveis sugerem que a reintrodução de Humira após suspensão por 70 dias ou mais resultou numa resposta clínica com a mesma magnitude e perfil de segurança similar, tal como antes da interrupção.
Adultos
Artrite reumatóide
A dose recomendada de Humira em doentes adultos com artrite reumatóide é de 40 mg de adalimumab, administrada em semanas alternadas, em dose única, por injecção subcutânea. O metotrexato deve ser continuado durante o tratamento com Humira.
Durante o tratamento com Humira pode manter-se o tratamento com glucocorticóides, salicilatos, medicamentos anti-inflamatórios não esteróides ou analgésicos. Relativamente à associação com medicamentos anti-reumatismais modificadores da doença além do metotrexato. Em monoterapia, alguns doentes que apresentaram uma resposta diminuída podem beneficiar com um aumento na dose até 40 mg de adalimumab semanalmente.
Artrite psoriática e espondilite anquilosante
A dose recomendada de Humira em doentes com artrite psoriática ou espondilite anquilosante é de 40 mg de adalimumab administrada em semanas alternadas em dose única, por injecção subcutânea.
Para todas as indicações mencionadas, os dados disponíveis sugerem que a resposta clínica é geralmente obtida após 12 semanas de tratamento. A continuação do tratamento deve ser cuidadosamente reconsiderada num doente que não respondeu durante este período de tempo.
Doença de Crohn
A dose recomendada de indução de Humira em doentes adultos com doença de Crohn grave é de 80 mg na Semana 0, seguida de 40 mg na Semana 2. No caso de haver necessidade de uma resposta mais rápida à terapêutica, pode ser usada a dose de 160 mg na Semana 0 (esta dose pode ser administrada em quatro injecções num dia ou duas injecções por dia em dois dias consecutivos), 80 mg na Semana 2, tendo sempre em atenção que o risco de acontecimentos adversos é maior durante a indução.
Após o tratamento de indução, a dose recomendada é de 40 mg em semanas alternadas por injecção subcutânea. Se um doente suspender Humira e se houver recorrência dos sinais e sintomas da doença, Humira pode ser re-administrado. Existe pouca experiência na re-administração para além das 8 semanas após a dose anterior.
Durante o tratamento de manutenção, os corticosteróides podem ser ajustados de acordo com as normas orientadoras da prática clínica.
Alguns doentes que apresentaram diminuição na sua resposta terapêutica, podem beneficiar com um aumento da dose para 40 mg de Humira todas as semanas.
Alguns doentes que não responderam na Semana 4 podem beneficiar com uma terapêutica de manutenção continuada até à Semana 12. Uma terapêutica continuada deve ser cuidadosamente reconsiderada em doentes que não responderam dentro deste período de tempo.
Psoríase
A dose inicial recomendada de Humira em doentes adultos é de 80 mg administrada por via subcutânea, seguida de 40 mg em semanas alternadas, uma semana após a dose inicial. Uma terapêutica continuada para além de 16 semanas, deve ser cuidadosamente reconsiderada em
doentes que não responderam dentro deste período de tempo.
Doentes idosos
Não é necessário efectuar ajustes posológicos.
Crianças e adolescentes (idades entre 13 a 17 anos)
Artrite idiopática juvenil poliarticular
A dose recomendada de Humira para doentes com artrite idiopática juvenil poliarticular, com 13 anos de idade e mais, é de 40 mg de adalimumab administrados em semanas alternadas, numa única dose, por injecção subcutânea.
Dados disponíveis sugerem que a resposta clínica é geralmente atingida após 12 semanas de tratamento. Uma terapêutica continuada deve ser cuidadosamente reconsiderada em doentes que não responderam dentro deste período de tempo.
Compromisso da função renal e/ou hepática
Humira não foi estudado nesta população de doentes. Não podem ser feitas recomendações acerca da dose.
Contra Indications
Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes.
Tuberculose activa ou outras infecções graves, nomeadamente, sepsia e infecções oportunistas
Special Precautions
Infecções
Doentes tratados com bloqueadores-TNF são mais susceptíveis a infecções graves.
Os doentes devem por isso ser cuidadosamente monitorizados para despiste de infecções, incluindo tuberculose, antes, durante e após o tratamento com Humira. Dado que a eliminação de adalimumab pode levar até cinco meses, a monitorização deve ser continuada durante este período de tempo. O tratamento com Humira não deve ser iniciado em doentes com infecções activas, incluindo infecções crónicas ou localizadas, até que as mesmas estejam controladas. Nos doentes que foram expostos à tuberculose e doentes que viajaram para zonas de alto risco de tuberculose ou micoses endémicas, tais como histoplasmose, coccidioidomicose, ou blastomicose, deverá ser considerado o risco e o beneficio do tratamento com Humira antes de iniciar a terapêutica (ver Infecções oportunistas).
Os doentes que desenvolvam uma nova infecção no decurso do tratamento com Humira devem ser cuidadosamente monitorizados e submetidos a uma avaliação completa do diagnóstico. A administração de Humira deve ser interrompida se um doente desenvolver uma nova infecção grave ou
sepsia, e deve ser iniciada uma terapêutica antimicrobiana ou antifúngica apropriada até controlo da infecção. Os médicos devem ter precaução quando consideram o uso de Humira em doentes com história de infecção recorrente ou com condições subjacentes susceptíveis de os predispor a infecções, incluindo o uso concomitante de medicação imunossupressora.
Infecções graves:
Foram notificadas infecções graves, incluindo sepsia, devido a infecções bacterianas, micobacterianas, fúngicas e virais invasivas, ou outras infecções oportunistas tais como listeriose e pneumocystis, em doentes tratados com Humira.
Outras infecções graves observadas em ensaios clínicos incluem pneumonia, pielonefrite, artrite séptica e septicemia. Foram notificadas hospitalizações ou casos fatais associadas a infecções.
Tuberculose:
Foram notificados casos de tuberculose em doentes tratados com Humira. É de notar que na maioria destes casos, a tuberculose foi extra-pulmonar, isto é disseminada.
Antes de iniciar a terapêutica com Humira, todos os doentes devem ser avaliados para despiste da presença de infecção por tuberculose tanto activa como inactiva (latente). Esta avaliação deve incluir uma história clínica detalhada dos doentes com antecedentes pessoais da tuberculose ou de uma possível exposição prévia a doentes com tuberculose activa e uma terapêutica imunossupressora prévia e/ou presente. Devem realizar-se exames de despiste apropriados, isto é, teste de tuberculina e raio-X do tórax em todos os doentes (devem aplicar-se as recomendações locais). A realização destes exames deve ser registada no cartão de segurança do doente. O médico prescritor deve ser avisado sobre o risco de resultados falsos negativos nos testes de tuberculina, especialmente nos doentes em estado grave ou imunocomprometidos.
Não se deve iniciar a terapêutica com Humira em caso de diagnóstico de tuberculose activ.
Em caso de suspeita de tuberculose latente, deve ser consultado um médico com experiência no tratamento da tuberculose. Em todas as situações acima descritas, a relação benefício/risco da terapêutica, deve ser muito cuidadosamente ponderada.
Em caso de diagnóstico de tuberculose inactiva (‘latente’), deve ser iniciada uma profilaxia antituberculose apropriada ao tratamento da tuberculose latente, antes do início do tratamento com Humira, e de acordo com as recomendações locais.
Em doentes com vários ou significantes factores de risco de tuberculose e com teste negativo à tuberculose latente, deve ser também considerada uma terapêutica anti-tuberculose, antes do início do tratamento com Humira.
A utilização de uma terapêutica anti-tuberculose deve também ser considerada em doentes com uma história de tuberculose activa ou latente, em que um adequado tratamento não pode ser confirmado, antes do início do tratamento com Humira. Alguns doentes que receberam previamente tratamento para a tuberculose latente ou activa, desenvolveram tuberculose activa enquanto foram tratados com Humira.
Os doentes devem ser aconselhados a consultar o médico se ocorrerem sinais/sintomas (por ex., tosse persistente,emagrecimento/perda de peso, febre baixa) sugestivos de uma infecção por tuberculose durante ou após a terapêutica com Humira.
Outras infecções oportunistas:
Foram observadas infecções oportunistas, incluindo infecções fúngicas invasivas em doentes tratados com Humira. Estas infecções, não foram consistentemente reconhecidas em doentes tratados com bloqueadores-TNF, resultando em atrasos no tratamento apropriado, por vezes com consequências fatais.
Doentes que desenvolvam sinais e sintomas tais como febre, mal estar geral, perda de peso, suores, tosse, dispneia, e/ou infiltração pulmonar ou outras doenças sistémicas graves, com ou sem choque concomitante, deve suspeitar-se de uma infecção fúngica invasiva e a administração de Humira deve ser imediatamente suspensa e iniciada terapêutica antifúngica apropriada.
Reactivação da Hepatite B
Ocorreu reactivação de hepatite B, em doentes que são portadores crónicos deste vírus quando tratados com um antagonista TNF incluindo Humira. Alguns casos foram fatais. Doentes com risco de infecção pelo HBV devem ser avaliados para uma possível infecção de HBV antes do início do tratamento com
Humira.
Portadores de HBV que requerem tratamento com Humira devem ser cuidadosamente monitorizados relativamente aos sinais e sintomas de uma infecção HBV activa durante o tratamento e alguns meses depois de terminada a terapêutica. Não estão disponíveis dados adequados relativos ao tratamento de doentes portadores de HBV, com terapêutica anti-viral em associação com antagonistas TNF, na prevenção de reactivação de HBV. Em doentes que desenvolvem reactivação de HBV, Humira deve ser suspenso e deve ser iniciada uma terapêutica anti-viral eficaz com tratamento de suporte adequado.
Efeitos neurológicos
Os antagonistas do TNF, incluindo Humira, foram associados em casos raros com o reaparecimento ou com a exacerbação de sintomatologia clínica e/ou evidência radiográfica de doença desmielinizante incluindo esclerose múltipla. O médico prescritor deve ter precaução ao considerar o uso de Humira em doentes com patologias desmielinizantes do sistema nervoso central pré-existentes ou de início recente.
Reacções alérgicas
No decurso dos ensaios clínicos não foram notificadas reacções alérgicas graves associadas à administração subcutânea de Humira. No decurso dos ensaios clínicos foram pouco frequentes os casos de reacções alérgicas não graves associadas a Humira. Após comercialização foram notificadas muito raramente reacções alérgicas graves, incluindo anafilaxia, associadas à administração de Humira. Caso se verifique uma reacção anafiláctica ou outra reacção alérgica grave, deve suspender-se imediatamente a administração de Humira e instituir-se uma terapêutica apropriada.
A protecção da agulha da seringa contém borracha natural (látex), que pode originar reacções alérgicas graves em doentes sensíveis ao látex.
Imunossupressão
Num estudo realizado em 64 doentes com artrite reumatóide tratados com Humira, não se observou qualquer evidência de redução da hipersensibilidade de tipo tardio, redução dos níveis de imunoglobulina ou alteração do número de linfócitos efectores T, B, células NK, monócitos/macrófagos e neutrófilos.
Doenças linfoproliferativas e neoplasias
Em partes controladas de ensaios clínicos de antagonistas-TNF, foram observados mais casos de neoplasias incluindo linfomas em doentes tratados com antagonistas-TNF do que em doentes controlo. Contudo, a ocorrência foi rara. Além disso, há um risco aumentado de linfoma em doentes com artrite reumatóide com doença inflamatória de longa data e muito activa, o que complica a estimativa do risco. De acordo com o conhecimento actual, não pode ser excluído o possível risco de desenvolvimento de linfomas ou outras neoplasias em doentes tratados com um antagonista-TNF.
Após a comercialização, foram notificados casos raros de linfoma hepatoesplénico de linfócitos T em doentes tratados com adalimumab. Este tipo raro de linfoma de linfócitos T tem uma progressão muito agressiva e geralmente fatal. Alguns destes linfomas hepatoesplénicos de linfócitos T com Humira ocorreram em doentes adultos jovens com terapêutica concomitante com azatioprina ou 6- mercaptopurina, utilizados para a doença de Crohn. O risco de desenvolvimento de linfoma hepatoesplénico de céulas T em doentes que recebam tratamento com Humira não pode ser excluído.
Não foram efectuados estudos em doentes com história de neoplasias ou nos quais o tratamento com Humira foi continuado após o desenvolvimento de neoplasias. Deste modo deve-se ter em conta precaução adicional ao considerar o tratamento com Humira nestes doentes.
Todos os doentes, e em particular os doentes com história clínica de terapêutica imunossupressora prolongada ou nos doentes com psoríase com uma história de tratamento por PUVA, devem ser avaliados relativamente a neoplasias cutâneas não melanomas, antes e durante o tratamento com
Humira.
Num ensaio clínico exploratório realizado para avaliar o uso de um outro agente anti-TNF, infliximab, em doentes com doença pulmonar crónica obstrutiva (DPCO) moderada a grave, foram notificadas mais doenças malignas, principalmente nos pulmões ou, cabeça e pescoço, no grupo de doentes tratados com infliximab do que no grupo controlo de doentes. Todos os doentes tinham antecedentes de tabagismo intenso. Assim, devem ser tomadas precauções quando for usado um anti-TNF em doentes com DPCO, bem como em doentes com risco aumentado de doenças malignas devido a tabagismo intenso.
Reacções hematológicas
Foram notificados casos raros de pancitopenia incluindo anemia aplástica com antagonistas TNF. Acontecimentos adversos do sistema hematológico incluindo citopenia clinicamente significativa (p.e. trombocotopenia, leucopenia) foram raramente notificados com Humira. Todos os doentes devem ser aconselhados a consultar de imediato o médico caso desenvolvam sinais e sintomas sugestivos de discrasias sanguíneas (p.e. febre persistente, equimose, hemorragia, palidez) durante a terapêutica com umira. A descontinuação da terapêutica com Humira deverá ser considerada em doentes com anomalias hematológicas significativas confirmadas.
Vacinação
Num estudo clínico realizado em 226 doentes adultos com artrite reumatóide tratados com adalimumab ou placebo, foram observadas respostas imunitárias similares à observada com a vacina pneumocócica polissacarídica polivalente 23 e à vacinação viral influenza trivalente. Não existem
dados disponíveis sobre a transmissão secundá ia de infecção por vacinas vivas em doentes tratados com Humira.
Recomenda-se que os doentes com artrite idiopática juvenil poliarticular, antes de iniciar o tratamento com Humira, se possível, sejam informados sobre todas as vacinas, de acordo com o actual plano de vacinação nacional.
Doentes tratados com Humira podem receber vacinas concomitantes, excepto vacinas vivas.
Insuficiência cardíaca congestiva
Num ensaio clínico realizado com outro antagonista-TNF observou-se agravamento da insuficiência cardíaca congestiva e aumento da mortalidade por insuficiência cardíaca congestiva. Foram notificados casos de agravamento de insuficiência cardíaca congestiva em doentes tratados com
Humira. Humira deve ser utilizado com precaução em doentes com insuficiência cardíaca ligeira (classe I/II da NYHA). Humira está contra-indicado na insuficiência cardíaca moderada a grave. O tratamento com Humira deve ser interrompido em doentes que desenvolvam novos
sintomas ou agravamento dos sintomas de insuficiência cardíaca congestiva.
Processos auto-imunes
O tratamento com Humira pode dar origem à formação de anticorpos auto-imunes. Desconhece-se o impacto do tratamento a longo prazo com Humira no desenvolvimento de doenças auto-imunes. Não deve ser administrado tratamento adicional com Humira se um doente apresentar sintomas sugestivos de uma síndrome do tipo lúpus e se for positivo para anticorpos contra a dupla cadeia de DNA, após o tratamento com Humira.
Administração concomitante de antagonistas-TNF e anakinra
Em ensaios clínicos realizados com a administração concomitante de anakinra e outro antagonista- TNF, etanercept, observaram-se infecções graves sem benefício clínico adicional relativamente à utilização de etanercept isoladamente. Devido à natureza dos acontecimentos adversos observados com a associação terapêutica de etanercept e anakinra, a associação de etanercept e outro antagonista- TNF pode também resultar em toxicidades semelhantes. Por conseguinte, não se recomenda a associação de adalimumab e anakinra.
Administração concomitante de antagonistas-TNF e abatacept
A administração concomitante de antagonistas-TNF e abatacept tem sido associada a um risco aumentado de infecções incluindo infecções graves, sem benefício clínico acrescido, relativamente à utilização de um antagonista-TNF isoladamente. Não se recomenda a associação de Humira e abatacept.
Cirurgia
A experiência existente, em termos de segurança de intervenções cirúrgicas em doentes tratados com Humira, é limitada. A semi-vida longa de adalimumab deve ser tida em consideração se for planeada uma intervenção cirúrgica. Um doente que requeira cirurgia durante o tratamento com Humira deve ser cuidadosamente monitorizado para infecções, e devem ser tomadas acções apropriadas. A experiência que existe, em termos de segurança em doentes submetidos a artroplastia durante o tratamento com Humira, é limitada.
Obstrução do intestino delgado
Uma falha na resposta ao tratamento da doença de Crohn pode indicar a presença de estenose fibrótica a qual pode requerer tratamento cirúrgico. Os dados disponíveis sugerem que Humira não agrava nem provoca estenoses.
Interactions
Humira foi estudado em doentes com artrite reumatóide, artrite idiopática juvenil poliarticular e artrite psoriática, tratados com Humira em monoterapia, e em doentes submetidos a um tratamento concomitante com metotrexato. A formação de anticorpos foi mais baixa quando Humira foi administrado com metotrexato relativamente ao uso em monoterapia.
A administração de Humira sem metotrexato resultou numa formação de anticorpos aumentada, depuração aumentada e eficácia reduzida do adalimumab.
Não se recomenda a associação de Humira e anakinra.
Não se recomenda a associação de Humira e abatacept.
Adverse Reactions
Reacções no local da injecção
Nos principais ensaios controlados, 15 % dos doentes tratados com Humira desenvolveram reacções no local da injecção (eritema e/ou prurido, hemorragia, dor ou edema), em relação a 9 % dos doentes que receberam placebo ou controlo activo. As reacções no local da injecção de uma forma geral não justificaram a suspensão do medicamento.
Infecções
Nos principais ensaios controlados, a taxa de infecções foi de 1,58 por doentes/ano nos doentes tratados com Humira e de 1,42 por doentes/ano nos doentes tratados com placebo e controlo activo. As infecções consistiam principalmente em nasofaringite, infecções do aparelho respiratório superior e sinusite. A maioria dos doentes prosseguiu o tratamento com Humira após resolução da infecção. A incidência de infecções graves foi de 0,04 por doentes/ano nos doentes tratados com Humira e de 0,03 por doentes/ano nos doentes tratados com placebo e controlo activo.
Em estudos controlados e de fase aberta com Humira, foram notificadas infecções graves (incluindo infecções fatais, as quais ocorreram raramente), que incluíram casos de tuberculose (incluindo localizações miliares e extra-pulmonares) e infecções oportunistas invasivas (p.e. histoplasmose disseminada ou extra-pulmonar, blastomicose, coccidioidomicose, pneumocystis, candidíase, aspergilose, e listeriose). A maioria dos casos de tuberculose ocorreu nos primeiros oito meses após o início do tratamento e pode reflectir um agravamento de doença latente.
Neoplasias e doenças linfoproliferativas
Não se observaram neoplasias em 171 doentes com uma exposição de 192,5 doentes/ano durante um ensaio clínico de Humira em doentes com artrite idiopática juvenil.
Durante a parte controlada dos principais ensaios clínicos com Humira com pelo menos 12 semanas de duração em doentes com artrite reumatóide activa moderada a grave, artrite psoriática, espondilite anquilosante, doença de Crohn e psoríase, foram observadas neoplasias, para além de linfomas e neoplasias cutâneas não melanomas numa taxa (intervalo de confiança 95 %) de 5,9 (3,5; 9,9) por 1.000 doentes/ano entre os 3.853 doentes tratados com Humira contra uma taxa de 4,3 (1,8; 10,4) por 1.000 doentes/ano entre os 2.183 doentes tratados com controlo (a duração média de tratamento foi 5,5 eses para Humira e 3,9 meses para os doentes do grupo controlo). A taxa (intervalo de confiança 95 %) observada de neoplasias cutâneas não melanomas foi de 8,8 (5,7, 13,5) por 1.000 doentes/ano em doentes tratados com Humira e 2,6 (0,, 8,0) por 1.000 doentes/ano em doentes controlo. Destas neoplasias cutâneas, ocorreram carcinomas celulares escamosos numa taxa (intervalo de confiança 95 %) de 2,5 (1,1 5,6) por 1.000 doentes/ano em doentes tratados com Humira e 0,9 (0,1, 6,1) por 1.000 doentes/ano em doentes controlo. A taxa (intervalo de confiança 95 %) de linfomas foi 0,8 (0,2, 3,3) por 1.000 doentes/ano em doentes tratados com Humira e 0,9 (0,1, 6,1) por 1.000 doentes/ano em doentes controlo.
Quando associados estes ensaios controlados com os estudos de extensão de fase aberta a decorrerem, com uma média de duração de aproximadamente 2,7 anos incluindo 4.767 doentes e mais de 15.332 doentes/ano de terapêutica, a taxa observada de neoplasias, para além de linfomas e neoplasias cutâneas não melanomas é de aproximadamente 8,3 por 1.000 doentes/ano. A taxa observada de neoplasias cutâneas não melanomas é de aproximadamente 9,3 por 1.000 doentes/ano, e a taxa observada de linfomas é de aproximadamente 1,2 por 1.000 doentes/ano.
Na experiência pós comercialização desde Janeiro de 2003, predominantemente em doentes com artrite reumatóide, a taxa notificada de neoplasias para além de linfomas e neoplasias cutâneas não melanomas é de aproximadamente de 1,7 por 1.000 doentes/ano. As taxas notificadas de neoplasias cutâneas não melanomas e linfomas são de aproximadamente 0,2 e 0,4 por 1.000 doentes/ano, respectivamente.
Foram notificados em fase de pós comercialização casos raros de linfoma hepatoesplénico de linfócitos T em doentes tratados com adalimumab.
Auto-anticorpos
Foram colhidas amostras de soro dos doentes em múltiplos pontos temporais para pesquisa de autoanticorpos nos Estudos I-V na artrite reumatóide. Nestes ensaios, 11,9 % dos doentes tratados com Humira e 8,1 % dos doentes tratados com placebo e controlo activo, cujos títulos de anticorpos antinucleares eram negativos no início do estudo, apresentavam títulos positivos na Semana 24. Dois dos 3.441 doentes tratados com Humira nos estudos da artrite reumatóide e artrite psoriática desenvolveram, pela primeira vez, sinais clínicos sugestivos de uma síndrome tipo lúpus. O estado dos doentes melhorou após a suspensão da terapêutica. Nenhum doente desenvolveu nefrite lúpica ou sintomas a nível do sistema nervoso central.
No decurso dos ensaios clínicos de doentes não se observou toxicidade limitativa das doses. O nível posológico mais alto avaliado correspondeu a doses intravenosas múltiplas de 10 mg/kg, que é aproximadamente 15 vezes a dose recomendada.
Manufacturer
Abbott Laboratories Ltd.
Updated
29 September 2009